Subscrição de ações: o que é e como funciona?



A subscrição de ações é quando uma empresa decide emitir novas ações na bolsa de valores para aumentar seu capital social. Isso permite que os investidores, principalmente os que já têm ações da empresa, possam comprar esses novos papéis.

Esse processo pode ser bom para ambos os lados. Para a empresa, é uma forma de conseguir mais dinheiro no mercado financeiro. Já para os investidores, pode ser uma chance de comprar ações por um preço mais vantajoso.

Recentemente, tem havido muitas subscrições de ações no mercado. Com a economia crescendo, é possível que esse tipo de oferta aumente ainda mais.



Subscrição de ações: o que é e como funciona?



A subscrição de ações é uma maneira que as empresas de capital aberto têm de conseguir dinheiro no mercado. Em vez de pedir um empréstimo ou emitir dívidas, elas podem aumentar seu capital contando com a ajuda dos seus investidores.

A subscrição é uma forma mais econômica para a empresa conseguir novos recursos.

Como acionista, você é dono de uma parte do capital da empresa. Se ela aumenta esse capital, em teoria, sua parte fica menor, certo?

A subscrição de ações, com o direito de preferência, serve para evitar que sua parte seja reduzida.

Por isso, a lei exige que, nesse processo, a empresa informe ao mercado qual será a proporção que cada acionista terá direito ao aderir à oferta.

Por exemplo, se a empresa tem 500.000 de ações no mercado e você tem 5.000 delas, você possui 1% da empresa.

Se a empresa decide fazer uma subscrição de 50.000 novas ações, sem o direito de comprá-las, sua parte seria reduzida para 0,90%.

Para evitar isso, você terá prioridade para comprar 500 ações das novas 50.000, mantendo sua participação de 1%.


Capital subscrito de uma empresa: o que é?



O capital subscrito é o total dos valores prometidos pelos sócios ou acionistas para serem investidos na empresa, principalmente no momento da abertura do negócio.

É importante registrar o capital subscrito logo no início da empresa, pois representa o montante necessário para o funcionamento dela.

Apesar de ser uma promessa de investimento, é um ato jurídico formal e tem validade legal. Esse investimento pode ser feito em dinheiro, bens ou outros ativos, como imóveis, veículos ou máquinas.

Quando uma empresa decide realizar uma subscrição de ações, o processo segue alguns passos importantes:

  • Comunicado ao mercado e à CVM: A empresa emite um comunicado informando ao mercado e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a sua intenção de realizar a subscrição de ações. Nesse comunicado, são divulgados detalhes como a finalidade do aumento de capital, o preço de emissão das novas ações e a quantidade de novos papéis a serem emitidos.

  • Direito de subscrição: Os acionistas da empresa têm o direito de preferência na subscrição das novas ações, ou seja, eles têm a oportunidade de adquirir as novas ações na proporção de suas participações atuais na empresa. Esse direito é importante para garantir que os acionistas atuais não sejam diluídos em relação à sua participação no capital da empresa.

  • Datas e prazos: A empresa estabelece um período específico durante o qual os acionistas podem exercer o seu direito de subscrição. Essas datas são definidas no comunicado ao mercado e costumam ser seguidas de perto pelos investidores interessados em participar da subscrição.

Exemplo prático: Para ilustrar, vamos supor que uma empresa decida emitir 100.000 novas ações a um preço de R$ 20,00 por ação. Se um acionista possui 1.000 ações da empresa e deseja manter sua participação, ele terá o direito de subscrever 100 novas ações (10% do total emitido) ao preço de R$ 20,00 por ação.

  • Decisão dos acionistas: Durante o período de subscrição, os acionistas precisam decidir se desejam exercer o seu direito de subscrição e adquirir as novas ações. Essa decisão geralmente é baseada em análises sobre o potencial de valorização das ações e a estratégia de investimento de cada acionista.

Em resumo, a subscrição de ações é um processo pelo qual as empresas levantam capital no mercado, oferecendo aos acionistas atuais a oportunidade de manterem sua participação no capital da empresa. Esse processo é regulado pela CVM e segue procedimentos específicos para garantir a transparência e a equidade entre os investidores.


Vale a pena aceitar as subscrições ?


Aceitar trabalhar com subscrições de ações como acionista é um processo simples, mas que requer atenção aos detalhes. Veja o passo a passo:

1- Receber a oferta: Normalmente, a corretora responsável por sua conta de investimentos irá informá-lo sobre a oferta de subscrição de ações de uma empresa na qual você é acionista. Essa comunicação pode ser feita por e-mail, mensagem no aplicativo da corretora ou através de um aviso no site da corretora.

2- Acessar informações: Se não receber a informação diretamente, você pode acessar o site da B3 e buscar pelo ativo da empresa que está realizando a subscrição. Lá, na seção de Eventos Corporativos, você encontrará informações sobre a oferta, como o preço de emissão das novas ações e a quantidade de ações disponíveis para subscrição.

3- Analisar a oferta: É importante analisar se a oferta de subscrição se encaixa em seus objetivos financeiros e estratégia de investimento. Considere fatores como o preço de emissão das novas ações e o potencial de valorização desses papéis no futuro.

4- Informar a corretora: Se decidir participar da subscrição, você precisa informar à corretora que deseja exercer seu direito de subscrição. Indique a quantidade de novas ações que deseja adquirir e siga as instruções da corretora para realizar a operação.

5- Negociar direitos: Em algumas subscrições, você pode optar por negociar seus direitos de subscrição. Nesse caso, você receberá opções de compra que poderão ser negociadas na bolsa de valores. Se optar por essa alternativa, você pode vender suas opções e realizar um ganho financeiro com a operação.

6- Aguardar a liquidação: Após informar à corretora sobre sua decisão, aguarde até a data de liquidação da subscrição para receber os novos papéis em sua conta. Certifique-se de ter os recursos necessários disponíveis em sua conta para a compra das novas ações.

7- Atenção aos prazos: Lembre-se de que a participação em uma subscrição de ações requer atenção aos prazos estabelecidos no comunicado da oferta. Certifique-se de seguir todas as instruções da corretora e da empresa emissora para garantir que sua participação seja efetivada dentro do prazo estabelecido.


Para o investidor, vale a pena ?



Para muitas empresas, a subscrição de ações pode ser bastante vantajosa, pois o valor captado pode ser utilizado em novos investimentos ou no pagamento de dívidas. Já para o acionista, além de evitar a diluição da sua participação no capital social da companhia, é dado a ele a oportunidade de comprar os papéis com preço mais baixo.

Então, se você está diante de uma subscrição de ações de uma empresa que está propondo um negócio atrativo, esta pode ser uma boa alternativa para manter sua posição, gastando menos.

Qual a diferença entre subscrição e integralização do capital social?


A subscrição ocorre no momento em que o acionista se compromete a comprar parte das novas ações de uma companhia. Com isso, ele define de que forma irá pagar por esses papéis (geralmente em dinheiro) até a data limite da oferta.

Depois que o capital é repassado à empresa, ele passa a ser integralizado ao seu capital social. A partir desse ponto, a companhia poderá usar o montante para os fins informados no comunicado da subscrição de ações.

Em troca, o acionista receberá novos papéis, referentes ao que foi acertado ao exercer seus direitos de subscrição. Assim, caso desejar, ele poderá negociá-los no mercado.

Como funciona a bonificação de ações?


A bonificação também é uma forma de aumentar o capital social de uma empresa, semelhante à subscrição de ações. Neste caso, a distribuição dos novos papéis é gratuita, pois a companhia realoca parte dos seus recursos para bonificar os seus acionistas. Através da bonificação, não há entrada de capital, apenas uma redistribuição de valores.

No mercado, algumas empresas optam por converter o pagamento dos dividendos em novas ações. Dessa forma, a bonificação em ações pode ser vista como uma maneira de agregar valor aos acionistas. O processo é semelhante à subscrição, com um comunicado informando a proporção e datas importantes. 

Para exercer o direito, basta possuir os papéis da empresa em sua carteira na data de corte da oferta. O valor das novas ações geralmente é o do mercado na data antes da ex-bonificação.


Existe Subscrição de FIIs?


A subscrição de FIIs (fundos imobiliários) é bastante semelhante à subscrição de ações. Neste caso, o objetivo geralmente é aumentar o patrimônio do fundo. É importante lembrar que os FIIs, por lei, distribuem 95% dos lucros obtidos aos cotistas, o que significa que há pouco capital disponível para investir mensalmente.

Para resolver esse problema e expandir o FII, o gestor pode optar pela subscrição. O processo é semelhante ao das ações. No comunicado ao mercado, a equipe de gestão deve informar o motivo da captação, como a compra de um galpão logístico ou o aumento da participação em um shopping.

Assim, o cotista do FII também tem direitos de subscrição e prioridade em adquirir as novas cotas. Geralmente, elas são provisionadas em sua carteira por meio de opções de compra com ticker terminado em 12, por exemplo, XPLG12, KNCR12. Os direitos podem ser negociáveis ou não, dependendo de como a oferta foi estruturada.

É importante lembrar que, neste caso, as novas cotas podem ser emitidas no valor patrimonial do ativo, mais taxas. Assim, assim como na subscrição de ações, esta é uma ótima oportunidade para adquirir novas cotas de um FII que você já possui em sua carteira, porém, com preço mais acessível.


Conclusão


Em resumo, a subscrição de ações é uma prática comum no mercado financeiro, permitindo às empresas captar recursos para expandir seus negócios. Esse processo beneficia tanto a empresa, que obtém os recursos necessários para financiar seus projetos e investimentos, quanto os acionistas, que têm a oportunidade de manter sua participação na empresa, muitas vezes a um custo mais baixo do que o preço de mercado das ações.

Para os investidores, a subscrição pode ser uma oportunidade interessante de investimento, especialmente em empresas com perspectivas de crescimento. 

É importante estar atento aos comunicados e prazos para exercer o direito de subscrição, pois a participação nesse processo pode ser uma estratégia para ampliar a carteira de investimentos e potencializar os retornos no longo prazo.




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